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O período da seca começa a preocupar autoridades e especialistas por causa dos riscos de queimadas pelo país, principalmente no Pantanal e na Amazônia. Nessa semana, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto proibindo o uso do fogo para manejo ou limpeza de áreas em todo o país até o final de outubro. Atualmente, para fazer uso do fogo é necessária autorização de órgãos ambientais.
Em Mato Grosso, o governo decretou estado de emergência ambiental até novembro, devido a possíveis ocorrências de incêndios. No ano passado, o Pantanal teve 26% da vegetação do bioma consumida pelo fogo.
O secretário de Meio Ambiente do Estado, Alex Marega, informou que o orçamento para o combate aos incêndios mais que dobrou, passando de R$32 milhões para R$73 milhões.
Segundo o Observatório do Clima, coalizão que reúne organizações ligadas ao meio ambiente, a seca deste ano já é considerada a pior dos últimos 90 anos, o que contribui para as queimadas no Pantanal.
Em maio, o Congresso Nacional autorizou uma suplementação orçamentária para órgãos de fiscalização do meio ambiental, como Ibama e ICMBio. Segundo Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima, os decretos proibindo as queimadas não são suficientes e que trabalhos preventivos são necessários.
Ainda segundo o Observatório do Clima, junho foi o pior mês de queimadas na região da Amazônia dos últimos 14 anos. Foram registrados mais de 2,3 mil focos de incêndio, um aumento de 2% em relação a junho de 2020 e 22% de aumento em comparação ao mesmo mês de 2019..
Por Lucas Pordeus Leon, Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Edição: Sâmia Mendes/ Beatriz Arcoverde
Edição: Sâmia Mendes/ Beatriz Arcoverde