A presidenta do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann, formalizou na manhã desta terça-feira (8), durante entrevista coletiva, o convite para a inclusão do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no grupo político de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gleisi, que esteve junto ao pesidente nacional do MDB, o também deputado federal Baleia Rossi, agradeceu pela participação de membros da legenda na campanha e destacou a forma engajada que a senadora Simone Tebet (MDB) integrou a corrida eleitoral do segundo turno em prol de Lula.
Segundo ela, a defesa de pautas programáticas e a luta firme de Tebet foram importantes para a vitória da chapa Lula-Alckmin e composta por uma frente ampla.
"Venho aqui fazer um convite formal ao MDB para que integre conosco o processo de transição", acrescentou a parlamentar, admitindo ter feito isso de maneira informal, mas ter visto a necessidade da formalidade para que a futura gestão possa ser pensada.
Além do MDB, segundo apuração da CNN Brasil, irão integrar o conselho político de transição representantes do Partido Verde, do Solideriedade, do Agir, do Partido Democrático Trabalhista, do Partido Republicano da Ordem Social, do Partido Socialista Brasileiro, da Rede Sustentabilidade, do Partido Comunista do Brasil, do Partido Socialismo e Liberdade e do Avante.
Todos os nomes já foram definidos. Apenas o MDB ainda não divulgou a pessoa indicada para compor a instância, responsável por travar discussões, elencar dificuldades e apresentar soluções para o início do novo ciclo do Executivo.
Mais de 30 grupos de trabalho irão ser formados durante o processo. A indicação de profissionais técnicos também serã uma prerrogativa dos escolhidos. De acordo com Gleisi, a coordenação do processo de transição irá publicizar nas próximas horas a lista completa da composição.
"A transição é um período em que a gente faz diagnóstico de governo - não é uma questão programática - e também elenca medidas emergenciais para voc? iniciar um governo. Precisamos entender o que está acontecendo no Estado brasileiro, o que foi desmontado, contratos, gastos a pagar", definiu a dirigente ao ser perguntada sobre as tarefas a serem tocadas.
Interlocutores foram nomeados pelo atual chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP), para fornecer informações ao grupo de transição. Os trabalhos já começam esta semana, no prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Asa Sul de Brasília.
"Agora a gente começa a definir os responsáveis pelos grupos de trabalho, montar a equipe técnica, e eu espero que não tenha dificuldades para o bem do Brasil", declarou Gleisi.
Ela admitiu estar conversando com um número amplo de parlamentares no Congresso Nacional a fim de garantir uma governabilidade para o futuro presidente, entre eles filiados ao Partido Liberal (PL).
Não há garantia de que os nomes incluídos na equipe de transição sejam nomeados para pastas federais, inclusive as localizadas na Esplanada dos Ministérios.