Gestão do prefeito Zito é acusada de elevar o grau de endividamento do município em mais de R$ 470 milhões.
A sociedade civil de Barreiras divulgou uma carta onde manifesta a preocupação com o endividamento público do município de Barreiras, no oeste do estado, após o prefeito Zito Barbosa (União Brasil) encaminhar novo pedido de empréstimo no valor de R$ 100 milhões para o Legislativo municipal nesta segunda-feira.
Com o novo pedido, a dívida consolidada do munícipio já supera R$ 580 milhões, chamando a atenção para os possíveis riscos à saúde dos cofres públicos. De acordo com o documento, a situação é gritante já que o grau de endividamento do município saiu de R$ 68,3 milhões, 12,92%, em janeiro de 2017, para impressionantes R$ 543,8 milhões, 74,04%, em dezembro de 2023, de acordo com dados publicados no Portal da Transparência de Barreiras.
No último sábado, 17, a vereadora Carmélia da Matta (PP) liderou a criação da Comissão Popular do Endividamento Público do Município de Barreiras, reunindo líderes comunitários e políticos para discutir o “aumento alarmante e exponencial do endividamento de Barreiras”, desde o início da gestão do prefeito Zito, em 2017.
O cenário, de acordo com o documento, tem gerado impactos na vida da população, com o pagamento de juros elevados, redução de investimentos em infraestrutura, saúde e educação e restrição orçamentária.
“É importante ressaltar que essas não são apenas questões teóricas; elas têm um impacto real em nossas vidas diárias e no futuro de nossos filhos. Como munícipes preocupados, é nosso dever estar informados e engajados na busca por soluções para esses desafios”, diz trecho da carta. Em outro momento, a circular convoca a população de Barreiras a se envolver “ativamente no debate sobre o gerenciamento responsável das finanças municipais”.
O movimento popular pede ainda apoio da Câmara de Vereadores na apuração para identificar o real passivo do município com a Receita Federal, dívidas de Precatórios Judiciais perante o Tribunal de Justiça da Bahia e com o Tribunal de Justiça Federal, além da possível devolução dos valores dos precatórios do Fundef, aplicados fora da Educação, o que pode onerar ainda mais as finanças municipais.
Fonte:A Tarde