Policial Militar da Bahia é preso por tráfico de armas

Um capitão da Polícia Militar da Bahia foi preso por envolvimento em um esquema ilegal de compra e venda de armas.



Na manhã deste sábado (27), o capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro das Neves Grunfeld, foi preso devido a suspeitas de envolvimento em um esquema de compra e venda de armas que abastecia facções em Alagoas, Bahia e Pernambuco. A prisão é parte da “Operação Fogo Amigo”, promovida pelo Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).


Com o apoio das polícias Federal e Militar, além do Exército brasileiro, a ação se deu em cumprimento a uma ordem judicial. A Justiça, que já havia concedido a liberdade ao oficial no último dia 17 de julho, determinou novamente sua prisão preventiva, após um recurso apresentado pelo Gaeco. A análise do recurso concluiu que as circunstâncias que justificavam a prisão não haviam mudado, reforçando a necessidade de mantê-lo detido para garantir a ordem pública.

Operação Fogo Amigo: Desdobramentos e Investigações


A “Operação Fogo Amigo” revelou um esquema clandestino no qual o policial Mauro das Neves Grunfeld, junto a outros membros da quadrilha, adquiria e comercializava ilegalmente armas de fogo e munições, inclusive de uso restrito. No dia 7 de junho, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o oficial pelos crimes de organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo.


Durante a operação, as autoridades apreenderam uma arma de fogo registrada em nome de um terceiro, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, evidenciando o envolvimento do policial no comércio ilegal. Registros financeiros ainda mostraram a transferência de R$ 87.330,00 entre o policial e outros membros da organização criminosa, confirmando sua participação ativa no esquema.

Como Funcionava o Esquema Ilegal de Armas?

Segundo as investigações, o modus operandi da quadrilha envolvia a obtenção e venda de armas de fogo ilegais através de intermediários. Facções criminosas na Bahia eram abastecidas com armas e munições obtidas de forma clandestina. O esquema incluía membros de diversas áreas, como agentes de segurança pública e empresários do setor de armas e munições.

Quais as Consequências para os Envolvidos?

No dia 21 de maio, a operação cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, caçadores, atiradores, colecionadores (CACs), empresários e lojas de armamento. As operações foram realizadas em municípios como Juazeiro, Salvador e Santo Antônio de Jesus. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e o bloqueio de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão das atividades econômicas de três lojas envolvidas no comércio irregular de material bélico.

Quais Medidas Estão Sendo Tomadas para Coibir o Crime?

O caso revela a complexidade e a abrangência do mercado ilegal de armas no Brasil. Para fortalecer o combate a esse tipo de crime, as autoridades têm intensificado as investigações e operações conjuntas, como é o caso da “Operação Fogo Amigo”. O apoio de diversas entidades, inclusive do Exército, tem sido fundamental para o sucesso das ações e para a prisão dos envolvidos.


Para garantir a segurança da população, é essencial a continuidade dessas ações e o monitoramento constante de possíveis atividades ilegais relacionadas ao comércio de armas e munições. A prisão do capitão Mauro das Neves Grunfeld é mais um passo no enfretamento às atividades criminosas que ameaçam a paz e a ordem pública.


O Ministério Público e as forças de segurança continuarão a atuar de forma incisiva contra a organização criminosa, buscando desmantelar todas as suas ramificações e garantir que os responsáveis sejam punidos